Dedicação da Igreja e do Altar da Matriz das Graças, no bairro da Liberdade, em Campina Grande
A Paróquia de Nossa Senhora das Graças, situada no
bairro da Liberdade, em Campina Grande, registrou neste sábado (19), um dos
maiores marcos de sua história, a Dedicação da Igreja e do Altar da Matriz. A
solene celebração foi presidida pelo Bispo Diocesano Dom Dulcênio Fontes de
Matos, e concelebrada pelo Padre Aldevan (Pároco) com o serviço litúrgico do Diácono Gleydson.
Presentes também, seminaristas, religiosos,
e numerosa quantidade de fiéis que preencheram os espaços da matriz para
participarem deste momento bonito e histórico. Na mesma ocasião, Dom Dulcênio
introduziu no altar uma relíquia de Santa Catarina Labouret, doada pelo Pe.
Hachid (in memorian). Conforme a história, Santa Catarina foi a santa que viu
Nossa Senhora em 1832, na França, dando início a devoção das Graças.
Homilia
Na homilia trazida por Dom Dulcênio, um destaque para
a Festa litúrgica de Cristo Rei do Universo, e uma explicação acerca da
importância da Dedicação da Igreja. O primeiro ensinamento trabalhado pelo
bispo, partiu do Papa Pio XI, que com a sua Encíclica Quas Primas, de 11 de
novembro de 1925, estabeleceu a Solenidade de Cristo Rei do Universo,
destacando que o Pontífice recordou a extensão do Senhorio de Jesus Cristo
sobre todas as pessoas, famílias, cidades, povos e nações, governos e
instituições, ou seja, a realeza social do Senhor Jesus sobre o mundo.
“O reinado de Jesus não é semelhante aos do mundo. O
Messias Servo, o Rei Salvador, entronizado na luz, não salvou a si mesmo para
salvar a todos que nele esperam, creem e confiam. Sigamos todos, pela graça,
Cristo Rei, anunciando o Reino Eterno; o Reino da fraternidade universal; o
reinado do amor”, pontuou.
No segundo momento da sua pregação, Dom Dulcênio
explicou à comunidade o significado da Dedicação; explicou a priori que a
Igreja é um lugar consagrado a Deus, onde a assembleia dos fiéis se reúne para
adorar o Senhor, invocá-lo e abraçar d’Ele as graças necessárias a uma vida
cristã.
“Deus está em toda parte, mas nós O encontramos mais
facilmente na Igreja, casa de oração. Por isso construímos igrejas. Os homens
de todos os tempos e lugares sempre construíram igrejas. É uma expressão
necessária de fé. Na Igreja oferecemos o sacrifício, recebemos a instituição
religiosa, ouvimos a Palavra de Deus, recebemos a graça pelos sacramentos; na
igreja nascemos espiritualmente, para viver eternamente com Cristo em Deus.
Celebrando a dedicação deste templo, devemos lembrar-nos que nós é que devemos
ser templo verdadeiro e vivo de Deus. Dedicando o templo de Deus, nos lembramos
de nosso renascimento espiritual”, pregou.
Sobre o Altar, o Pastor Diocesano ensinou que se trata
de uma mesa de sacrifício e do banquete, em que o sacerdote, representando o
Cristo Senhor, realiza aquilo mesmo que o Senhor fez e entregou aos discípulos
para que o fizessem em sua memória:
“O Altar é um sinal de Cristo, por isso é que quando
iniciamos a Santa Missa o beijamos. O altar cristão, é por natureza, a mesa
própria do sacrifício e do banquete pascal. O altar, é a mesa, onde nós, os
filhos e filhas da Igreja se congregam para dar graças a Deus e receber o Corpo
e o Sangue de Cristo”, concluiu.
O Rito de Dedicação
No seu sentido etimológico, o verbo “dedicar”
significa “proclamar solenemente”. A oração de Dedicação e Unção do Altar
constitui-se como rito após a oração da ladainha dos santos. O Bispo procede
ungindo o altar com o óleo do Crisma. Unção que, na tradição judaico-cristã, é
o sinal mais claro da consagração de algo para Deus. No rito seguinte,
aconteceu a incensação do Altar e do povo.
A dedicação de Igrejas é um rito muito antigo, convém
que seja dedicada ao Senhor a modo solene tudo o que esteja no Templo, fonte
batismal, cruz, imagens, órgão, sinos, estações da “via-sacra”, deve
considerar-se abençoado e erigido com o próprio rito da dedicação, não sendo
precisa nova bênção ou ereção. Convém que se mantenha a tradição da Liturgia
Romana de encerrar sob o altar relíquias dos Mártires ou de outros Santos.
Por: Ascom
Fotos: Joaquim Urtiga e Matheus Borges (Pascom
Diocesana)