Paróquia de São Francisco de Assis, no Cruzeiro, festeja seu Padroeiro
Criada no último dia 11 de agosto, a mais nova Paróquia da
Diocese de Campina Grande com menos de 2 meses já celebrou ao seu Padroeiro São
Francisco de Assis com muita festa! Neste dia 04, dia em que a Igreja lembrou a
santidade de Francisco, o pobrezinho de Assis, a igreja Matriz rejubilou-se ao
acolher o Bispo Diocesano, Dom Dulcênio Fontes de Matos, para a presidência da
Santa Missa!
O Padre Hermes e toda a comunidade acolheram o bispo, os
demais padres e os seminaristas que participaram deste momento bonito e
histórico, visto que a comunidade celebra seu padroeiro pela primeira vez,
enquanto paróquia. Agradecido pelo afeto do povo, o bispo falou que celebrar
São Francisco de Assis na nova paróquia, foi motivo de muita alegria.
Na reflexão proferida por Dom Dulcênio, ele apontou para a
misericórdia e a oração como duas circunstâncias que se complementam,
explicando que aquele que contempla Jesus misericordioso, ouve a sua Palavra e
a segue, a exemplo de São Francisco.
“Ele soube unir misericórdia e adoração ao Senhor, fazendo
uma só dessas duas realidades – no caso, a realidade de Marta, que serve, e a
realidade de Maria, sua irmã, que contempla. São Francisco fez, dessas duas
realidades, a sua própria vida e vocação”, pregou.
No Evangelho proposto para esta terça-feira, 04, Lc 10.38-42,
apresenta-se o relato da acolhida de Jesus na casa de Marta, irmã de Maria,
onde ambas protagonizam duas cenas antagônicas; uma se concentra em atender o
Senhor à outra presta os serviços domésticos.
Ao aprofundar a explicação, o bispo disse que a busca pelo
Reino é essencial e necessária, entretanto o próprio Evangelho não extingue as
coisas de ordem material, tais como, o trabalho, o estudo, a arte, o esporte, a
amizade, enfim, a construção da cidade temporal.
“Não os deve deixar, se Deus o chamou para seu povo na
qualidade de cristão leigo, cuja finalidade é exatamente a construção da ordem
temporal. No entanto, se lhe pede que tudo, absolutamente tudo, você oriente
para o Reino de Deus, a única coisa necessária e, definitivamente, a única
realidade que devemos buscar, seja por meio das coisas espirituais, seja por
meio das coisas temporais, mas, sempre, com projeção ao Alto, ao Céu”,
explicou.
Ademais, o bispo falou sobre São Francisco e destacou acerca
do seu exemplo de vida - a virtude da simplicidade - apontando para pobreza tão
bem conhecida por Francisco, pobreza esta, a qual amou e a partir dela viveu:
“A pobreza era sua senhora, rainha, mãe e esposa. A Deus pedia incessantemente
que a pobreza fosse sua herança e privilégio”, comentou.
Trazendo o exemplo de Francisco para a realidade, Dom
Dulcênio lembrou que o mundo contemporâneo passa por tribulações e inúmeras
crises, pediu, pois, aos fiéis, que olhassem para São Francisco, que sereno e
feliz, propagou a paz e o amor aos irmãos.
“O amor ao próximo impelia-o a servir aos doentes, a socorrer
aos necessitados, a consolar os aflitos. Isso é viver o Evangelho com
autenticidade! O desejo de converter aos infiéis, de derramar o sangue por amor
de Deus, levou-o a empreender a penosa viagem até à Síria e apresentar-se ao
Sultão de Icônia, como pregador da penitência”, disse.
E concluiu sua pregação dizendo: “O exemplo de São Francisco,
inspira-nos à simplicidade para entrarmos no Reino dos céus. Foi esta
simplicidade, esta humildade, que deu a São Francisco e aos seus companheiros e
seguidores, tanto poder sobre as almas e grandes santos à Igreja. Entregar-se
inteiramente a Deus é o que o exemplo de S. Francisco nos ensina, ele que soube
viver como Marta, servindo, e Maria, irmã de Marta, na contemplação”.
Por: Ascom | Correção: Pe. Márcio
Fotos: Matheus Borges, Pascom Diocesana.