XXVI Domingo do Tempo Comum: A sensibilidade de Deus nas lições de justiça

Atualizado em 03/10/22 às 11:165 minutos de leitura853 views


Neste domingo (25) a Igreja adentrou na 26ª Semana do Tempo Comum, e com isso proporcionou aos fiéis a refletir na relação com Deus e com o próximo acerca dos dons e bens que são concedidos a cada um; o Bispo Diocesano de Campina Grande, Dom Dulcênio Fontes de Matos, celebrou missa em dois momentos do dia: pela manhã na Catedral, às 10h; e à noite presidiu a Missa festiva em honra ao Padroeiro São Miguel Arcanjo, na cidade de Barra de São Miguel-PB, onde foi acolhido com muita festa pelo Padre Jefferson e seus paroquianos.

Na homilia proferida neste domingo, o Bispo falou sobre a sensibilidade de Deus nas lições de justiça, e explicou que no interior do Evangelho escrito por São Lucas 16,19-31, são encontradas belíssimas lições de como praticar a misericórdia, cujo nascedouro é o próprio Deus. Ao introduzir sua pregação, Dom Dulcênio disse que na liturgia desta 26º Domingo do Tempo ordinário, os católicos são inspirados a copiarem a misericórdia de Deus pelo exercício da justiça:

 “Somos capazes de entender que a justiça é filha da caridade. E, por sua vez, a prática da justiça sintetiza o que a Igreja chama de obras de misericórdia, sejam elas corporais, que significam: dar de comer a quem tem fome, dar de beber a quem tem sede, vestir os nus, dar pousada aos peregrinos, assistir aos enfermos, visitar os presos e enterrar os mortos; sejam as espirituais que significam: dar bons conselhos, ensinar os ignorantes, corrigir os que erram, consolar os tristes, perdoar as injúrias, sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo, rogar a Deus pelos vivos e defuntos”, pregou.

Prosseguindo, disse que a justiça é reflexo da sensibilidade do próprio Deus, que se esconde nos pequenos, nos fracos e nos suscetíveis; logo a injustiça seria um reflexo da insensibilidade do coração dos homens; apatia que pode prejudicar ambiente e meios, tal como a sociedade e o mundo: “A indiferença de coração é um asfixiar-se em si mesmo, aspirando o ar contaminado do egoísmo, gerador da soberba, da vaidade e da avareza, ao invés do respiro no puro hálito do amor de Deus, que nos vivifica”, comentou.

Ao explicar o Evangelho, o bispo disse que somente o pobre possui um nome, Lázaro, cujo significado é “Deus ajudou, socorreu”. Aquele que foi objeto da ignorância do rico é reconhecido por Deus; identificado pelo próprio Deus, que, nele, se escondia.

 “Aponto-lhes três sinais: 1) o rico, que desconhecia Deus em Lázaro, torna-se ignorado pelo próprio Deus; 2) o rico é deixado sem nome propositalmente, porque, não raras vezes, agimos como ele; 3) para manifestar a diferença entre a lógica do mundo e a de Deus, que é perfeita: enquanto o mundo tende a homenagear os opulentos, os maiorais, os que ostentam e aparentam, Deus reconhece o pobre, o frágil, o débil”, explicou.

E concluiu com a seguinte reflexão: “Lázaro obteve a sensibilidade do próprio Deus, assim como nós, quando éramos pobres pecadores. Como Lázaro, após o nosso resgate salvador e uma vivência, segundo favor divino, seremos premiados com a plenitude da justiça divina, quando triunfar em nós a misericórdia do Senhor. Porém, enquanto tal bem-aventurança não nos chega, como membros da Igreja de Cristo, cabe-nos trabalhar pela justiça, anunciando-a com voz profética, pela promoção da caridade, para que, levando a luz da fé aos corações de toda a humanidade, todos se convertam ao amor e à justiça, que de tal virtude procede. Eis o nosso dever diante de tão grande lição!”, findou.

Por: Ascom
Fotos: Pascons paroquiais

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