Festa de Santa Rosa de Lima no Curimataú paraibano
A tradicional festa da co-padroeira Santa Rosa de Lima, da
Paróquia de Barra de Santa Rosa-PB, no curimataú paraibano é uma bonita
manifestação de fé e devoção do povo barrense e de toda a região. Este ano os
festejos acontecem entre os dias 19 a 28 de agosto.
Além da programação religiosa com missas e novenas, faz parte
da programação procissão motorizada, cavalgada e bênçãos dos vaqueiros, assim
como, todos dias, tem acontecido as tradicionais e participativas quermesses.
Na noite desta quinta-feira (25) o Bispo Diocesano de Campina Grande, Dom
Dulcênio Fontes de Matos e o Padre José William da Arquidiocese de Goiânia-GO,
que veio acompanhando o bispo, foram acolhidos pelo Padre Thiago (pároco) e por
toda comunidade para presidir a missa da sétima noite do novenário.
Na homilia proferida pelo Bispo e pregada ao povo de Deus,
Dom Dulcênio destacou com esmero as virtudes que fizeram de Santa Rosa, uma
grande mulher; chamou atenção para a importância de uma vida de oração,
penitência e temor a Deus, como atitudes que preparam o cristão para o Reino
dos céus.
Conforme ensinou o Pastor Diocesano, o cristão é chamado a
buscar os tesouros e a graças divinas, assim como Rosa, que soube ser fiel ao
seu Senhor, buscando a partir de uma vida de oração, entregar-se inteiramente
ao projeto de Deus.
‘Santa Rosa – disse o bispo – foi um grande exemplo de
mulher, por ter empregado toda sua existência ao evangelho’ e prosseguiu: “Se
somos devotos de Santa Rosa, o que nos impede de termos uma vida de oração
assim como a nossa padroeira teve? Se ainda estamos apegados a muitas coisas e
pessoas, é sinal de que ainda não entendemos a vida de Rosa voltada totalmente
para Deus, por isso, é preciso abandonar as coisas supérfluas, e investir nossa
vida e nosso tempo nas coisas do alto”, disse.
As festividades da Co-padroeira Santa Rosa de Lima, na
paróquia, seguem até o próximo domingo (28) com o encerramento do evento.
História da santa
Santa Rosa nasceu em Lima (Peru) em 1586; filha de pais
espanhóis, chamava-se Isabel Flores, até ser apelidada de Rosa por uma
empregada índia que a admirava, dizendo-lhe: “Você é bonita como uma rosa!”.
A mudança oficial do nome de Isabel para Rosa ocorreu quando
ela tomou o hábito da Ordem Terceira Dominicana, da mesma família de sua santa
e modelo de devoção: Santa Catarina de Sena. A partir dessa consagração, passou
a chamar-se Rosa de Santa Maria.
Começou a viver a vida religiosa no fundo do quintal dos pais
e, assim, na oração, penitência, caridade para com todos, principalmente índios
e negros, Santa Rosa de Lima cresceu na união com Cristo, tanto quanto no
sofrimento, por isso, tempos antes de morrer, aos 31 anos (em 1617), exclamou:
“Senhor, fazei-me sofrer, contanto que aumenteis meu amor para convosco”. Foi
canonizada a 12 de abril de 1671 pelo Papa Clemente X.
Por: Ascom | Correção: Beatriz Macedo e Pe. Márcio
Fotos: Pascom de Barra