“Hospedar para ser hóspede”, este foi o centro do pensamento do bispo para este 16º Domingo do Tempo Comum
Neste domingo, o Bispo Diocesano de
Campina Grande, Dom Dulcênio Fontes de Matos, presidiu a Missa do Lar,
tradicionalmente realizada na Catedral pela manhã, e à tarde celebrou a Crisma
de 107 Jovens e adultos na Paróquia de Nossa Senhora do Livramento, na Cidade de
Umbuzeiro-PB, forania agreste II. Em ambas as ocasiões, deixou a sua mensagem
de fé, saudou seus diocesanos e rezou por eles.
No evangelho para este 16º Domingo do
Tempo Comum, a Liturgia da palavra aponta para o Evangelho de Lucas 10,38-42,
que relata o encontro de Jesus com as irmãs Marta e Maria. Neste encontro é
possível observar duas perspectivas, a primeira de Marta que estava ocupada com
os afazeres domésticos, e a segunda de Maria, que dá atenção a Jesus.
Para explicar a riqueza deste
evangelho, Dom Dulcênio ensinou que ao olhar para as duas realidades, de Marta
e Maria, é preciso entender que Deus deseja ir ao encontro dos seus filhos, uma
vez que Ele não cessa de vir até nós. Explicou também, que na casa das irmãs,
Jesus encontrou guarida e que cada uma delas, ao seu modo, desejaram acolher o
mestre.
Precisamente acerca da postura de
Marta – por vezes tão questionada – o bispo explicou que Jesus conta conosco
para que o acolhamos do melhor modo possível: “Marta e Maria, cada uma a seu
modo, desejavam acolher o Senhor: Marta entregava o seu trabalho, a sua
atividade; Maria, o coração. Marta foi reprovada por isso? Não. O que o Senhor
censura naquela mulher senão o seu ativismo, que lhe fazia distender-se em
várias direções?! O Senhor conta conosco para que O acolhamos com os meios
materiais que dispomos, solidariamente, nas pessoas dos sofredores e
necessitados, dos pobres, dos transeuntes, dos marginalizados”.
E finalizou dizendo que a Caridade
também é medida pela relação do acolhimento, pela atenção aos excluídos, assim
como pelo serviço prestado a eles: “Precisamos cultivar em nosso domicílio
interior as características de acolhimento das santas irmãs de Lázaro: que
preparemos o banquete para aquele cujo banquete Maria já desfrutava, zelando
pelo Cristo que Se esconde nos mínimos deste mundo sem deixar de escutá-Lo.
Como Igreja, não somos ONG's. Não fazemos filantropia, e sim caridade, porque o
fim último de todo o bem que fazemos é o próprio Deus. Se assim procedermos,
teremos toda a eternidade para, genuflexos diante do Senhor, preenchermos
totalmente o nosso coração na sua infindável presença. Porém, nunca nos
esqueçamos de, mesmo atarantados - e quiçá, fadigados -, estarmos aos pés de
Jesus, cuja presença a tudo significa, dá sentido e restaura”, terminou.
Por: Ascom | Correção: Beatriz Macedo
Fotos: Pascom Catedral e Pascom da Paróquia de Nossa Senhora do Livramento