Dom Dulcênio abre Encontro das Famílias na Missa de São João Batista
Em Missa Solene na Catedral de Campina
Grande na noite desta quarta-feira, 22 de junho, Dom Dulcênio Fontes de Matos
abriu a Semana do X Encontro Mundial das Famílias, a nível de Diocese e de
Regional Nordeste 2. Dom Dulcênio é o Bispo referencial para a Comissão Vida e
Família do Regional NE2 e presidiu à Santa Missa já na Solenidade de São João
Batista, com a presença de todas as representações pastorais da Família da
Diocese e do Regional.
Neste ano, a data do dia 24 de junho dá
espaço à celebração da Solenidade do Sagrado Coração de Jesus. Na ocasião, Dom
Dulcênio publicou e fez a leitura da Carta que redigiu às famílias diocesanas e
do Regional, convidando a todos a contemplar a missão da família nos tempos
atuais. Esteve presente o pároco da Catedral, Pe. Luciano Guedes, diáconos,
seminaristas e representantes dos movimentos e grupos das famílias.
A homilia
Dom Dulcênio iniciou sua homilia
recordando que São João Batista é celebrado duas vezes no ano litúrgico e
enalteceu o mistério de seu nascimento, ligando-o com o nascimento do Salvador,
uma vez que “seu nascimento foi extraordinário, acompanhado de fatos igualmente
extraordinários, como o relatam os Santos Evangelhos”. E lembrou que o
nascimento de João Batista, como o de todos os santos, trazem alegria a todos
os crentes: “não esqueçamos de que o nascimento dos santos produz a alegria de
muitos, porque é um bem comum”.
O
Bispo diocesano fez um resgate da história narrada no Evangelho sobre o anúncio
e o nascimento de São João Batista e fez a ligação com o nascimento de Jesus,
quando Maria visita a sua prima Isabel e santifica João no ventre. Este
momento, em especial, gerou alegria para as mães, especialmente para Isabel,
dado que, segundo Dom Dulcênio, “o Precursor, por uma graça especial de Deus, conheceu
a presença do Senhor e lhe prestou homenagem de adoração”.
Dom Dulcênio lembrou a
importância dada no relato evangélico ao nome João, que quer dizer “graça de
Deus” e afirmou que “como Isabel concebeu esse filho por favor da divina graça,
não pela natureza, gravaram no nome do menino a memória desse benefício”.
Lembrou ainda que o testemunho de São João
nos inspira a também viver na fidelidade ao Evangelho, afirmando que “diante de
João Batista encontramo-nos com um homem coerente! Ele exige conversão pelo
testemunho de vida e pela pregação. Convida-nos a preparar os caminhos do
Senhor pela prática da justiça”. E fez um pedido a Deus de que a vida dos
homens seja sempre um anúncio do Cristo: “Que o exemplo do Batista nos ajude a
também anunciar Jesus Cristo com uma vida, de fato convertida”.
A carta às famílias
Ao fim da homilia, houve a leitura da
carta às famílias, na qual se fala do amor que gera a santidade. O Bispo inicia
a sua carta recordando que “o primeiro chamado de Deus para as criaturas é a
tornarem-se, pelo sacramento do Batismo, filhos Seus”. O faz recordando a
vocação inicial que Deus faz a todos os cristãos, que, com o maturar da vida,
se confirmará no seguimento da vocação, seja pela consagração sacerdotal ou
religiosa, seja pelo amor conjugal.
A intenção principal da carta é recordar a
todos que a vocação “é uma realidade que compromete toda a vida”. Neste
sentido, Dom Dulcênio lembra que a vocação e a missão do Matrimônio é também um
local em que se gera e se vive a santidade em uma “pequena comunidade”, onde
todos conseguem a salvação na busca pela verdade. “De mãos dadas – afirmou Dom
Dulcênio – esposo, esposa e filhos conhecendo Deus e, neste conhecimento
primordial, conhecendo-se em suas subjetividades, sejam iluminados por Cristo
e, amando-se mutuamente, santifiquem-se e salvem o seu lar”.
A carta procura incentivar as reflexões a
nível diocesano e regional acerca do tema da vocação à santidade na família, já
delineada pelo X Encontro Mundial das Famílias, que acontece em Roma, de 22 a
26 de junho, com o Papa Francisco. Para Dom Dulcênio, “será um momento
agraciado também para as famílias cristãs que, geograficamente distantes, se
unirão entre si e com a grande família de Deus, a Igreja”.
O Bispo Diocesano finaliza a sua cara
convidando a todos a levarem as reflexões destes dias para a vivência no seio
familiar, de modo que “os efeitos deste magnânimo movimento das famílias de
todo o mundo, sejam inculcados largamente no tesouro dos valores da vida em
família”.
Texto – Sem. Humberto Carneiro
Fotos – PasCom Diocesana