Festa de Santo Antônio em Campina Grande é encerrada com um convite à paz
Um convite à paz. Foi este o mote da
homilia de Dom Dulcênio Fontes de Matos na Santa Missa que presidiu na noite
desta segunda-feira, 13 de junho, memória de Santo Antônio de Pádua. A
celebração solene teve lugar na Paróquia de Santo Antônio, bairro homônimo em
Campina Grande – PB. Se fizeram presentes o pároco, Pe. Adeildo Ferreira, o Mons.
Lourildo, o Diác. Anchieta Araújo, Diác. Ricardo, seminaristas e todo o povo de
Deus.
Dom Dulcênio iniciou sua reflexão a partir
das leituras próprias para o dia de Santo Antônio, abordando a gravidade e a urgência
do mandado missionário de Jesus aos apóstolos. Para dom Dulcênio, “a missão de
evangelizar não é exclusiva da hierarquia, mas de todo aquele que se diz
discípulo de Jesus Cristo”. Por isso, todos são chamados a levar ao mundo a
mensagem de Jesus Cristo, que é de promover a paz. O Bispo falou que sempre são
necessários missionários que falem de Deus e que falem em nome de Deus, e que,
à exemplo de Santo Antônio, levem à humanidade o anúncio da paz.
De acordo com Dom Dulcênio, os últimos
séculos têm posto uma nódoa escura na humanidade com as guerras e matanças
perpetradas, sem contar os inúmeros descasos com a saúde pública. Em todos
estes sinais de morte, o Bispo convidou os presentes a contemplar e seguir a
paz pregada pelo Santo protetor: “Ninguém melhor do que Antônio para seguir ao
pé da letra os ensinamentos e orientações de Francisco. É preciso anunciar e
viver a paz. A paz interior é aquela que fundamenta a paz exterior”.
Santo Antônio foi um homem profundamente
preocupado com a paz verdadeira, que sai do coração dos homens em direção à
história e torna os tempos mais calmos e favoráveis ao espírito de oração. De
fato, ele se ocupou no serviço de amor. Para Dom Dulcênio, “a paz brota do
coração”.
Neste mesmo norte, Dom Dulcênio recordou
que “a paz interior da bem aventurança e a paz proclamada e dirigida a todos,
constituem uma única e mesma realidade”, justamente pelo fato de pedirem dos
homens uma atitude verdadeira, interior, sincera e aberta. E aqui está a
grandeza do ser cristão: buscar e promover a paz em todos os lugares! Foi o que
Dom Dulcênio apontou aos presentes, afirmando que “a atitude típica do ser
humano deve ser de se colocar a serviço do bem e da paz – estar sempre a
serviço de Deus, na pessoa do próximo”.
O Bispo diocesano também frisou que a
saudação franciscana “Paz e Bem” é um convite simples e objetivo a viver e
construir a caridade no dia a dia. Disse o Bispo: “Nestas duas pequenas
palavras se escondem um dinamismo e ao mesmo tempo uma provocação: saudar
alguém com “Paz e Bem” é o mesmo que dizer: o Amor de Deus que trago em meu
ser, é a mesma pessoa que reconheço nos outros e no mundo, e por causa d’Ele
devemos viver a caridade – o Bem - entre nós”.
A paz, como fruto da caridade, é uma força
irresistível, que gera a fraternidade, o amor, a concórdia e a unidade. Buscando
a paz, os cristãos sempre terão a vida em abundância, porque não vão procurar a
morte, mas a existência. É a paz que garante a unidade na Igreja, como lembrou
Dom Dulcênio: “A caridade sozinha mantém firmemente unidos na paz os filhos da
Santa Mãe Igreja; faltando a caridade, esta paz se dissolve”.
Ao final da celebração, foi realizada uma
procissão por algumas ruas do Bairro, com a participação de todos, entre cantos
e louvores, enaltecendo as virtudes de Santo Antônio e concluindo mais uma
Festa em honra ao Santo de Pádua.
Texto – Sem. Humberto Carneiro.













