“A obediência de Maria nos aponta o céu”, exorta Padre João Paulo na nona noite do novenário da Padroeira

Atualizado em 09/12/21 às 16:186 minutos de leitura459 views


Encerrando as noites do Novenário da Festa da Padroeira de Nossa Senhora da Conceição, na Catedral Diocesana Nossa Senhora da Conceição, quem presidiu a Santa missa, na noite desta terça-feira (7 de dezembro), foi o Padre João Paulo Souto, pároco da Paróquia de Nossa Senhora das Mercês, no município de Cuité.

Durante a sua homilia, inspirada na leitura do Evangelho, que fala do anúncio do Arcanjo Gabriel a Nossa Senhora, o Padre João Paulo exortou como o sim de Maria pode nos ajudar a refletir a condição humana. “Falar da festa da Imaculada da Conceição é falar da liberdade, porque o homem só é verdadeiro livre quando está na presença de Deus. E liberdade não quer dizer libertinagem, como o nosso mundo quer distorcer, nos fazendo escravos de uma falsa liberdade; uma libertinagem, que faz o homem ser escravo de seus instintos”, disse o sacerdote.

Comparando a obediência de Maria a desobediência de Eva no Paraíso, no início do mundo, quando comeu do fruto proibido, Padre João Paulo lembrou que foi o sim de Maria, mesmo em uma condição desfavorável para dar à luz ao salvador, que redimiu os pecados da humanidade, do pecado original de Eva. “A desobediência de Eva nos afasta de Deus, e nos faz ver apenas a nossa nudez diante de Deus. Porque é isso que o pecado inicialmente faz na nossa vida: Nos deixar envergonhados na frente de Deus. A humildade de Maria nos aponta o céu”, exortou.

Ainda na homilia, o sacerdote levou os fiéis a refletir a cultura do homem pós-moderno, que com o advento das redes sociais, está ficando escravo de práticas como o individualismo, o egoísmo e reféns da imagem do humano super-herói. “O problema do fruto é que ele nos levou ao fracasso a queda. Comparando com nossa realidade, podemos dizer que esse fruto são as redes sociais, que vem a cada dia levando o ser humano ao fracasso e ao individualismo. Assim o homem pós moderno se torna um homem fraco”, refletiu.

O sacerdote ainda questionou a cultura individualista como a maior causa do fracasso humano na atualidade, visto que, em toda a história da humanidade e pelos ensinamentos de Cristo, o homem não nasceu para viver na solidão. “O homem se sente sozinho, e a solidão não é própria do homem. E é nessa solidão muitas vezes somos levados ao fracasso, por conta do nosso individualismo”, sublinhou.

O Padre João Paulo ainda levou aos casais presentes na Assembleia, já que a noite foi dedicada às famílias, a refletir sobre a responsabilidade que os casais cristãos-católicos têm na sociedade atual, de ser espelho, de que o matrimônio é instituição divina. “Compromisso matrimonial fora do altar é ilusionismo, porque na primeira dificuldade fracassa, já que Deus é a origem do homem, e matrimônio fora dos planos de Deus não prospera. Viemos dele e para ele voltaremos”, exorta.

Por fim, o sacerdote intercedeu a Imaculada Conceição pela vida das famílias, e exortou os fiéis a seguirem o exemplo dela no dia a dia. “A nossa vocação primeira é ser santo, é ser eleito, é ser escolhido. É preciso falar de santidade para este homem pós-moderno, a cada dia mais rompido com Deus. Se pegarmos o exemplo de Maria, uma jovem que não era casada e recebeu a notícia de que seria a mãe do Salvador, devemos também dizer a Deus no nosso dia a dia, mesmo nas adversidades: Faça-se em mim segundo a tua vontade. A humildade de Maria nos aponta o céu”, disse.

“Ser família de Deus incomoda. Que possamos pedir a Virgem Maria que sejamos essa luz de esperança para os casais mais jovens, que buscam viver um matrimônio santo, segundo o plano de Deus”, completou o Padre João Paulo Souto.

Equipe de Comunicação | Renato Araújo
Correção: Beatriz Macedo
Fotos: Carla Miranda.

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