“A obediência de Maria nos aponta o céu”, exorta Padre João Paulo na nona noite do novenário da Padroeira
Encerrando as noites do Novenário da Festa da Padroeira de
Nossa Senhora da Conceição, na Catedral Diocesana Nossa Senhora da Conceição,
quem presidiu a Santa missa, na noite desta terça-feira (7 de dezembro), foi o
Padre João Paulo Souto, pároco da Paróquia de Nossa Senhora das Mercês, no
município de Cuité.
Durante a sua homilia, inspirada na leitura do Evangelho, que
fala do anúncio do Arcanjo Gabriel a Nossa Senhora, o Padre João Paulo exortou
como o sim de Maria pode nos ajudar a refletir a condição humana. “Falar da
festa da Imaculada da Conceição é falar da liberdade, porque o homem só é
verdadeiro livre quando está na presença de Deus. E liberdade não quer dizer
libertinagem, como o nosso mundo quer distorcer, nos fazendo escravos de uma
falsa liberdade; uma libertinagem, que faz o homem ser escravo de seus
instintos”, disse o sacerdote.
Comparando a obediência de Maria a desobediência de Eva no
Paraíso, no início do mundo, quando comeu do fruto proibido, Padre João Paulo
lembrou que foi o sim de Maria, mesmo em uma condição desfavorável para dar à
luz ao salvador, que redimiu os pecados da humanidade, do pecado original de
Eva. “A desobediência de Eva nos afasta de Deus, e nos faz ver apenas a nossa
nudez diante de Deus. Porque é isso que o pecado inicialmente faz na nossa
vida: Nos deixar envergonhados na frente de Deus. A humildade de Maria nos
aponta o céu”, exortou.
Ainda na homilia, o sacerdote levou os fiéis a refletir a
cultura do homem pós-moderno, que com o advento das redes sociais, está ficando
escravo de práticas como o individualismo, o egoísmo e reféns da imagem do
humano super-herói. “O problema do fruto é que ele nos levou ao fracasso a
queda. Comparando com nossa realidade, podemos dizer que esse fruto são as
redes sociais, que vem a cada dia levando o ser humano ao fracasso e ao
individualismo. Assim o homem pós moderno se torna um homem fraco”, refletiu.
O sacerdote ainda questionou a cultura individualista como a
maior causa do fracasso humano na atualidade, visto que, em toda a história da
humanidade e pelos ensinamentos de Cristo, o homem não nasceu para viver na
solidão. “O homem se sente sozinho, e a solidão não é própria do homem. E é
nessa solidão muitas vezes somos levados ao fracasso, por conta do nosso
individualismo”, sublinhou.
O Padre João Paulo ainda levou aos casais presentes na
Assembleia, já que a noite foi dedicada às famílias, a refletir sobre a responsabilidade
que os casais cristãos-católicos têm na sociedade atual, de ser espelho, de que
o matrimônio é instituição divina. “Compromisso matrimonial fora do altar é
ilusionismo, porque na primeira dificuldade fracassa, já que Deus é a origem do
homem, e matrimônio fora dos planos de Deus não prospera. Viemos dele e para
ele voltaremos”, exorta.
Por fim, o sacerdote intercedeu a Imaculada Conceição pela
vida das famílias, e exortou os fiéis a seguirem o exemplo dela no dia a dia.
“A nossa vocação primeira é ser santo, é ser eleito, é ser escolhido. É preciso
falar de santidade para este homem pós-moderno, a cada dia mais rompido com
Deus. Se pegarmos o exemplo de Maria, uma jovem que não era casada e recebeu a
notícia de que seria a mãe do Salvador, devemos também dizer a Deus no nosso
dia a dia, mesmo nas adversidades: Faça-se em mim segundo a tua vontade. A
humildade de Maria nos aponta o céu”, disse.
“Ser família de Deus incomoda. Que possamos pedir a Virgem Maria que sejamos essa luz de esperança para os casais mais jovens, que buscam viver um matrimônio santo, segundo o plano de Deus”, completou o Padre João Paulo Souto.
Equipe de Comunicação | Renato Araújo
Correção: Beatriz Macedo
Fotos: Carla Miranda.




















