Os 250 anos da Matriz - Monumento à Imaculada Conceição
Atualizado em 04/10/19 às 21:242 minutos de leitura1150 views
Um dos pontos que nos chama a atenção no largo da Matriz diz respeito ao Monumento à Imaculada Conceição, situado no estacionamento. O curioso é saber, que tal obra carrega consigo causos de um passado, que vale a pena conferir neste décimo artigo do Padre Luciano Guedes. Seja bem vindo a mais um artigo da série, Os 250 Anos da Matriz!
Boa Leitura!
Monumento à Imaculada Conceição
Quem visita hoje a Catedral de Campina Grande encontra do seu lado esquerdo o seu estacionamento. Nem sempre foi assim! Neste mesmo lugar existiu durante sessenta e cinco anos o Paço Municipal, construído em 1877.
Funcionou neste espaço o poder legislativo e judiciário: a Câmara Municipal de Vereadores e o Fórum da cidade. Em Campina Grande foi este local o palco e a testemunha de muitas decisões políticas, judiciais e administrativas que operaram a transição do Império para a República no Brasil. O Paço foi demolido em 1942 no contexto da reforma urbanística que alterou significativamente as instituições públicas e o casario do centro da cidade.
Para homenagear o primeiro centenário da proclamação do dogma da Imaculada Conceição o vigário da paróquia, Monsenhor Severino Mariano, construiu neste espaço o monumento à Virgem Maria. A Imagem de Nossa Senhora foi confeccionada no Recife, na Escola de Belas Artes de Pernambuco, pelo escultor Antônio Bibiano.
A sua instalação coube ao Dr. Pedro Collier, coordenador técnico dos serviços. A imagem é de concreto, revestido de mármore em pó, com três metros e setenta centímetros de altura e estando sobre uma coluna de doze metros, em forma de pirâmide, cortada no vértice.
No dia 08 de dezembro de 1954 o amor filial do povo campinense à Virgem Maria inaugurava o monumento com grande afluência dos fiéis católicos. À época, já existindo a recém-fundada Diocese de Campina Grande, o seu primeiro Bispo, Dom Anselmo Pietrulla, procedeu a bênção da imagem e rezou a missa pontifical em altar erguido ao pé do monumento.
A ocasião do Jubileu de 250 anos da Igreja Matriz de Campina é oportunidade histórica dada a nós de retomar estes acontecimentos que marcaram nossa jornada, para pensarmos o nosso lugar de origem e de construção. Revisitar as páginas da vida é necessário para nos reconhecer na dinâmica do tempo que a todas as coisas transforma e a todas as coisas permite alguma permanência.
Um Paço, um monumento, uma cidade! Registros da vida social e religiosa que os anos insistem em lembrar-nos! História que se conta de novo porque aqui e agora queremos agradecer as gerações de campinenses que construíram esta urbe com o trabalho, a dedicação e especialmente o amor a Deus, simbolizado em sua primeira casa: a Matriz de Nossa Senhora da Conceição!
Pe. Luciano Guedes do Nascimento Silva Vigário Geral e Pároco da Catedral