Nota Litúrgico-Pastoral sobre a Quarta-Feira de Cinzas

Atualizado em 04/02/21 às 19:143 minutos de leitura392 views

DIOCESE DE CAMPINA GRANDE – PB

NOTA LITÚRGICO-PASTORAL SOBRE A QUARTA-FEIRA DE CINZAS

Reverendíssimos padres e diáconos, querido povo de Deus,

A pedido do nosso Bispo Diocesano, Dom Dulcênio Fontes de Matos, a Comissão Diocesana de Liturgia reitera, com maior clareza, algumas indicações de natureza litúrgico-pastoral a respeito dos ritos característicos da Quarta-feira de Cinzas, tendo em vista a pandemia.

“Por este sinal de penitência, que vem já da tradição bíblica e se tem mantido até os nossos dias nos costumes da Igreja, é significada a condição do homem pecador; confessando exteriormente a sua culpa diante do Senhor, exprime assim a vontade de conversão, confiado em que o Senhor seja benigno e compassivo, para com ele, paciente e cheio de misericórdia. Por este mesmo sinal, enceta o caminho da conversão...”

(Cerimonial dos Bispos, n. 253).

 1. Em consonância com a nota emitida pela Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, no dia 12 de janeiro de 2021, o rito de imposição das cinzas ocorrerá estritamente da seguinte forma:

  • Após a homilia, faz-se a oração de bênção das cinzas (presente no Missal Romano, p. 175) seguida da aspersão das mesmas com água benta, sem nada dizer;
  • De uma só vez, voltado para o povo, o sacerdote pronuncia uma das duas fórmulas de imposição das cinzas: “Convertei-vos e crede no Evangelho” ou “Lembra-te que és pó, e ao pó hás de voltar”;
  • Em seguida, o sacerdote higieniza as mãos e coloca a máscara em seu correto uso;
  • Para a imposição das cinzas, o sacerdote deve deixá-las cair sobre a cabeça de cada um, sem que haja contato físico, e sem nada dizer. Isto significa que a forma de signação na fronte, costumeiramente usada por alguns sacerdotes, não deve ser adotada;
  •  Se o sacerdote julgar mais conveniente, pode aproximar-se dos fiéis que estarão de pé em seus bancos, em vez de promover o deslocamento de cada um deles;
  • Terminada a imposição das cinzas, o sacerdote lava as mãos.
  • Não diz o Creio; segue a Oração dos fiéis;
  • Aos sacerdotes que, embora não esteja previsto ritualmente, fazem uso de um exemplar da Sagrada Escritura ou mesmo de um Lecionário, a fim de que o fiel possa tocá-lo no ato da imposição das mãos, não devem adotar este costume;
  • As mesmas diretivas rituais dadas aos sacerdotes deve-se aplicar de igual modo aqueles a quem o sacerdote designar como ajudantes na imposição das cinzas;
  • É conveniente que toda essa mudança ritual seja devidamente explicada aos fiéis, em momento oportuno, pelo diácono, pelo sacerdote ou por um fiel designado e esclarecido.

2. Levando em consideração que a celebração da Quarta-feira de Cinzas é de grande concorrência de fiéis, recomenda-se vivamente o aumento do número de Missas, a fim de atender com tranquilidade os que, piedosamente, celebram o início do percurso quaresmal, mantendo-se os protocolos sanitários já adotados.

3. Insiste-se: por uma razão maior, ao sacerdote e também ao fiel, não é dada a possibilidade de escolha da maneira pela qual as cinzas serão impostas, restando somente o modo de derramamento sobre a cabeça, devidamente descrito anteriormente.

Campina Grande, 04 de fevereiro de 2021 Comissão Diocesana de Liturgia

Dom Dulcênio Fontes de Matos Bispo Diocesano de Campina Grande - PB

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