Missa de Cinzas reúne fiéis na Catedral Diocesana de Campina Grande

Atualizado em 26/02/20 às 21:243 minutos de leitura386 views
A Missa da Quarta-feira de Cinzas dá início a um novo Tempo Litúrgico na Igreja, a Quaresma, um tempo de Jejum, penitência e Oração que é proposto pela igreja a fim da santificação dos fiéis em preparação à Páscoa de Nosso Senhor. Com esse espírito Quaresmal, fiéis católicos participaram na tarde desta quarta (26) da Celebração de Cinzas na Catedral Diocesana, em Missa que foi presidida pelo Bispo Diocesano, Dom Dulcênio Fontes de Matos e concelebrada pelo Vigário Geral da Diocese, o Padre Luciano Guedes. Com as frontes marcadas com cinzas, o povo católico reflete neste dia a condição de sua finitude, como nos ensina a fórmula litúrgica: "Lembra-te de que és pó...". Nesse intento o Bispo de Campina Grande ensinou aos fiéis que o tempo da Quaresma é um momento para interiorizar-se e buscar redescobrir o significado do batismo esforçando-se no seguimento a Cristo a partir das práticas quaresmais do Jejum e da abstinência. Dessa forma o Bispo conduziu sua homilia explicando os significados da abstinência e do jejum; a primeira prática, explicava o Bispo, consiste em virtude moral que inclina uma pessoa ao uso moderado de comida ou bebida, ditada pela razão correta ou pela fé, para seu próprio bem-estar moral e espiritual. Ao instruir acerca do Jejum, Dom Dulcenio disse ser uma obra de penitência especialmente recomendada pela Sagrada Escritura: "É uma prática que impõe limites ao tipo ou quantidade de comida ou bebida. Para hoje, assim como para a Sexta-Feira Santa, "a lei do jejum permite apenas uma refeição completa por dia" (Constituição Paenitemini, III)." Após ter conceituados essas duas práticas quaresmais, o Bispo desejou ao seu povo uma santa e rica vivência nesta quaresma: "Pelas penitências da abstinência de carne e do jejum, permitimo-nos que Deus corrija os nossos vícios, eleve nossos sentimentos, fortifique nosso espírito fraterno e nos garanta uma eterna recompensa". E dessa forma finalizou: "Com o que nos despojamos, em renúncia, pelo jejum e pela abstinência, somos convidados ao socorro dos irmãos, vivendo a fraternidade sustentada pela caridade com a esmola. Que as práticas quaresmais nos auxiliem no despojamento nosso para sermos mais fortes diante das tentações, enfim, mais de Cristo. Amém". Concluiu. A Quaresma A Quaresma é o período de preparação para a Páscoa do Senhor. Tal período, portanto, inicia-se na Quarta-Feira de Cinzas e se estende até o Domingo de Ramos, uma semana antes da Páscoa.  A Palavra provém do latim “Quadragésima” e significa “quarenta dias” ou, talvez mais apropriadamente, o “quadragésimo dia”. Como prática obrigatória da Santa Igreja, foi instituída no século IV, mas, desde sempre, os primeiros cristãos se preparavam para a Páscoa com oração intensa, jejum e penitência. O número de quarenta dias tem um significado simbólico-bíblico: quarenta são os dias do dilúvio, da permanência de Moisés no Monte Sinai, das tentações de Jesus. Guiados por esse tempo e pelas práticas  busca-se os tesouros da fé na penitência, na realização constante de jejuns, na busca pela conversão e pela preparação dos catecúmenos para o batismo. para crescer no seguimento de Cristo. Esse tempo de penitência é bem recordado pela liturgia: as vestes e os paramentos usados são da cor roxa (no quarto domingo da Quaresma, pode-se usar o rosa, representando a alegria pela proximidade do término da tristeza, pela Páscoa); o Hino de Louvor não é recitado; a aclamação do “Aleluia” também não é feita; não se enfeitam os templos com flores; o uso de instrumentos musicais torna-se moderado, apenas sustentando o canto, etc. Portanto, o tempo da Quaresma é um momento forte para a prática penitencial da Igreja, “particularmente apropriados aos exercícios espirituais, às liturgias penitenciais, às peregrinações em sinal de penitência, às privações voluntárias como o jejum e a esmola, a partilha fraterna (obras de caridade e missionárias)”.
Por: Ascom
Fotos: Rafael Augusto e Joaquim Urtiga

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