Dom Dulcênio emite nota de pesar pela morte do Arcebispo Emérito de Aracajú

Atualizado em 25/06/19 às 10:342 minutos de leitura392 views
Campina Grande, 30 de maio de 2018. À estimada Igreja Arquidiocesana de Aracaju, seu Arcebispo, familiares e amigos de Dom Luciano José Cabral Duarte, Ao ser comunicado da páscoa do Emérito Pastor de Aracaju, o nosso querido Dom Luciano José Cabral Duarte, quis estar, física e espiritualmente, unido a todos quantos o pranteiam e, pela fé, louvam a Deus por sua vida doada, inclusive no ministério episcopal. Entretanto, fui impedido pela grave crise dos combustíveis, o que impossibilitou a minha chegada, seja por vias terrestres como pelas aéreas. O que não evita que, ao menos espiritualmente, esteja em comunhão convosco, principalmente pelo Sacrifício do Altar, aplicado em sufrágio do nosso irmão defunto. Dom Luciano, com o seu perfil de integridade e amor à Igreja de Cristo, marcou assaz o meu caminho vocacional, muito embora fosse eu vocacionado e seminarista da Diocese de Estância. Nos encontros vocacionais em São Cristóvão, na década de 70, a voz impostada do então Arcebispo de Aracaju incentivava a que, como ele, respondêssemos o nosso ‘sim’, assentindo à vocação sacerdotal a que fomos chamados. Como Padre e, posteriormente, como Bispo, pude aprender com o nosso Prelado morto do seu exemplo de resignação, principalmente quando do sofrimento, e este, corporal. No exercício do meu múnus episcopal, muito tenho me espelhado na devoção do nosso irmão, em especial pelo tocante ao fomento e à oração, implorando a Deus vocações para o sacerdócio, quando ensino aos que me foram confiados que rezem a consagrada oração vocacional por ele composta – “Divino Salvador Jesus Cristo…” – em todas as Santas Missas. Recorro, pedagogicamente, ao forte e belo histórico que esta prece traz consigo e à bendita inspiração do que hoje velais, bem como o despertar de centenas de adesões para a causa sacerdotal em todo o Sergipe. Creio que, de tantos atributos dos quais o eloquente e preparado Pastor Aracajuano possuiu, nenhum ressoou tanto ao nosso coração do que o da oração, porque para isto fora escolhido e ungido, sabendo em quem pôs a sua fé (cf. 2Tm 2,12), como testemunhava pelo seu lema episcopal. Mas, permanece a esperança. Esta virtude enxuga as nossas lágrimas e faz-nos olhar para o céu em súplica e louvor. A esperança a que Nosso Senhor chama aqueles que tudo deixaram; a esperança do cêntuplo na eternidade (cf. Mc 10,30). Esperança de que nos reencontraremos, todos, em Cristo Jesus. Com as minhas humílimas solidariedade e orações,

Dom Dulcênio Fontes de Matos Bispo de Campina Grande

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