A Imaculada Conceição

Atualizado em 25/06/19 às 13:292 minutos de leitura350 views

Para ser a Mãe do Salvador, Maria “foi enriquecida por Deus com dons dignos para tamanha função”. No momento da Anunciação o anjo Gabriel a saúda como “cheia de graça”. Efetivamente, para poder dar o assentimento livre da sua fé ao anuncio da sua vocação, era preciso que ela estivesse totalmente sob a moção da graça de Deus.

Ao longo dos séculos a Igreja tomou consciência de que Maria, “cumula de graça” por Deus (Lc 1,28), foi redimida desde a concepção. É isto que confessa o dogma da Imaculada Conceição, proclamado em 1854 pelo papa Pio IX:

A Virgem Maria, no primeiro instante de sua Conceição, por singular graça e privilegio de Deus onipotente, em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, foi preservada imune de toda mancha de pecado original. Esta “santidade inteiramente singular” da qual Maria é enriquecida desde o primeiro instante da sua conceição” lhe vem inteiramente de Cristo: “Em visto dos méritos de seu Filho foi redimida de um modo mais sublime.” Mais do que qual quer outra pessoa criada, o Pai a “abençoou com toda a sorte de bênçãos espirituais, nos céus, em Cristo” (Ef 1,3). Ele a “escolheu nele, deste antes da fundação do mundo, para ser santa e imaculada na sua presença no amor”. (Ef 1,4).

Os padres da tradição oriental chamam a Mãe de Deus “a toda da santa” (Panhaghia), celebram na como “imune de toda macha de pecado, como que plasmada pelo Espírito Santo, e formada como uma nova cintura”. Pela graça de Deus, Maria permaneceu pura de todo pecado pessoal ao longo de toda a sua vida.

“FAÇA-SE EM MIM SEGUNDO A TUA PALAVRA…”

Ao anúncio de que conceberia “o Filho do Altíssimo” sem conhecer homem algum pela virtude do Espírito Santo, Maria respondeu com a obediência da fé” (Rm 1,5), certa de que “nada é impossível a Deus”: Eu sou a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1,37-38). Assim, dando à Palavra de Deus o seu consentimento, Maria se tornou Mãe de Jesus e, abraçando de todo o coração, sem que nenhum pecado a retivesse, a vontade divina de salvação, entregou-se ela mesma totalmente à pessoa e à obra de seu Filho, para servir, na dependência dele e com Ele, pela graça de Deus, ao Mistério da Redenção.

Fonte: Catecismo da Igreja Católica Números: 490, 491, 492, 493 e 494

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